A estabilidade no desempenho de uma ETE é o objetivo maior
dos responsáveis pela sua operação. A empresa precisa atender aos requisitos
legais e manter as ações sustentáveis de sua marca. Mas ocorre que o sistema
operacional de uma estação de tratamento de efluentes está permeado de
situações que podem ameaçar o cumprimento dos padrões de lançamento e aumentar
os custos de tratamento.
Muitos dos problemas que costumam quebrar a rotina
operacional de uma ETE são resolvidos pelo próprio pessoal que a opera e seus
responsáveis. Sabemos que experiência e dedicação são condições primordiais
para o alcance de bons resultados. Porém nem sempre será possível encontrar
solução para todas as situações impactantes de pronto. Existem alguns tipos de
problemas que são persistentes e têm enorme potencial para desestabilizar a estação.
Quando isso ocorre, é sinal de que está mais do que na hora
de traçar um novo diagnóstico do sistema operacional. É preciso identificar as
necessidades de cada um de seus processos em todos os níveis de tratamento e
fazer uma análise objetiva para identificação dos pontos fracos ainda
desconhecidos e que possam impactar na eficiência do tratamento. Estes
procedimentos permitirão encontrar a verdadeira causa das falhas e a implementação
de um plano de ação adequado para estabilização do sistema.
A propósito, em uma ETE podemos resumir todos os eventos em
três categorias: fase líquida, fase sólida e fase gasosa. Na primeira,
encontram-se problemas relacionados a aspectos estéticos, biológicos, de
qualidade e de padrão de lançamento do efluente tratado. Na segunda categoria, estão os problemas
relacionados a extração, caracterização, desidratação e disposição dos resíduos
sólidos. A última, se refere a odores, corrosão das estruturas, geração e
queima de gases, etc.
Sendo assim, o plano de ação deve apresentar medidas
corretivas adequadas a cada situação. Algumas vezes apenas ajustes pontuais na
operação e boas
práticas já resolve, em outras pode requerer manutenção de equipamentos,
alguma outra etapa do processo precisa ser ampliada ou melhorada. É uma infinidade de situações e medidas que se
não forem bem entendidas e bem planejadas poderão causar mais problemas, mais
demoras e elevação dos custos.
Uma vez feito um bom diagnóstico operacional e implementadas
todas as adequações necessárias, será preciso depois aplicar um programa de
monitoramento para acompanhar os resultados. É de extrema importância conhecer
os indicadores da evolução da eficiência de cada etapa e do processo global de
tratamento do efluentes. Além de que, um bom programa de monitoramento
possibilita antecipar tendências de problemas futuros favorecendo ajustes de percurso.
José Leonardo da Silva Cardoso
Gestor Ambiental e Diretor Técnico
da Biotrakti
WhatsApp +55 12 98230-1037
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