quarta-feira, 15 de abril de 2015

Realidade Operacional nas Estações de Tratamento de Efluentes

Por mais de uma década tenho observado a situação operacional das estações de tratamento de efluentes de diversos setores industriais na região. Pude vivenciar uma evolução significativa nessa área com aplicação de novas tecnologias e um crescente interesse por metodologias de controle mais eficientes. Porém, será necessário enfatizar que ainda há muito que fazer para atender confortavelmente as normas ambientais.

ETEs sempre têm “dor de barriga” por motivos diversos. Seja por falta de investimento ou de manutenção dos equipamentos, seja pela utilização de um controle de processo inadequado, treinamento insuficiente de seu time operacional ou até mesmo por  contaminações afluentes. É fato que o sistema operacional de toda estação de tratamento de efluentes – biológico  ou físico-químico – é delicado e demanda controle criterioso.


Nesse artigo, vou explorar apenas um tipo de tratamento biológico para exemplificar:  o sistema aeróbico de lodo ativado que é o mais utilizado em todo o mundo. Normalmente por motivos econômicos, as pequenas ETEs servem-se de equipamentos ultrapassados para recalque e aeração dos reatores. E, para completar, ainda consideram suficiente ajustar o processo apenas pela vazão, pH e sólidos sedimentáveis.

Está correto acompanhar esses indicadores, no entanto, eles não representam um padrão mínimo necessário para controlar as variáveis de processo. Falta ainda ter em mãos informações que definam o comportamento do lodo biológico dentro dos reatores e decantadores secundários, o que é de extrema importância operacional, para prevenir arraste de sólidos e descaracterização do efluente tratado.

Para isso, primeiramente será necessário saber massa, volume e decantabilidade do lodo existente dentro dos reatores. Em seguida deve-se fazer um estudo microbiológico, onde são detectados problemas na formação da biomassa através da análise morfológica dos flocos e da interpretação dos bioindicadores encontrados que são - as bactérias filamentosas, os protozoários e metazoários - próprios desse meio.

A boa notícia é que a adequação desse controle é de baixo custo e fortalece a tomada de decisão para o  ajuste operacional da ETE, facilitando assim o atendimento as normas.

A Biotrakti está habilitada e equipada para avaliar e fornecer esses indicadores, emitir relatórios com tomada de ação para melhorar o desempenho operacional, promover treinamento de operadores e implantar melhorias de controle analítico e de processo.


No próximo artigo traçarei algumas considerações sobre a importância de avaliar a concentração, a sedimentabilidade do lodo e o volume ocupado pelo mesmo dentro dos decantadores. Esses indicadores são indispensáveis como ferramenta diária de controle de uma ETE de lodo ativado. 



Autor: J. Leonardo S. Cardoso
Gestor Ambiental e Químico






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