Em Jacareí, cidade do interior paulista, o tema Educação Ambiental está a se multiplicar
nas escolas, empresas e na administração pública. É disso que falaremos hoje!
É de conhecimento de todos que o ambiente escolar é o melhor
espaço para a construção de novas ideias e para desenvolvimento de novos
valores e atitudes que promovam a sustentabilidade ecológica e social. Por isso
ele se torna estratégico para a realização de trabalhos de educação ambiental
que vem sendo oferecidos pelos cursos de extensão universitária, pelas empresas
e pelo Estado em suas diversas formas de atuação.
Nas escolas, a educação ambiental em seu formato de programa
paralelo, procura envolver toda a comunidade escolar. É aí que professores,
funcionários e alunos devem interagir na construção de atitudes e competências
que venham minimizar os impactos ambientais locais através de intervenções nos
hábitos rotineiros. O conteúdo desse programa deve abarcar todas as disciplinas
do currículo escolar e se relacionar com a realidade circundante. Esse processo
permite atualizar os conhecimentos e promover maior consciência dos problemas
ambientais ao redor, atendendo alunos desde a creche até a universidade.
É verdade que as mazelas que se abatem sobre o ensino no
Brasil, tem deixado muito a desejar. Mas, também é verdadeiro que já podemos
contar com ações muito positivas no quesito ambiental. Um dos exemplos são os
cursos de extensão universitária que, entre inúmeras abordagens, tem
proporcionado atualização profissional e programas de capacitação aos
magistrados.
A extensão universitária se caracteriza como um processo
educativo, científico e cultural. É um processo formado por um ajuntamento de
ações apropriadas para a articulação do ensino e pesquisa e para a realização
do relacionamento transformador entre universidade e sociedade. Promove a
geração de conhecimento através do confronto entre realidade, conhecimento
acadêmico e a participação concreta da comunidade na atuação da universidade.
Outro exemplo, são as empresas que desenvolvem programas de
educação ambiental direcionados para seus funcionários, para escolas públicas e
municipais e para a comunidade de seu entorno. Algumas delas desenvolvem seus
projetos com o apoio de acadêmicos extensionistas. No ambiente escolar,
conscientizam crianças a partir dos 3 anos sobre a importância da preservação e
conservação do meio ambiente em que vivem. Fazem isso de forma divertida e
didática, com brincadeiras que simulam a separação do lixo, cuidados com a água
e com a terra.
A Fibria (atual Suzano S/A) ilustra bem esse tópico com a
edição mensal do JornalEco.
Suas páginas trazem mensagens de preservação ambiental, fáceis de serem
trabalhadas em sala de aula como apoio paradidático. No encarte destinado aos
mestres há uma variedade de atividades sugeridas para serem desenvolvidas com
os alunos. A publicação, com tiragem de 70 mil exemplares, é distribuída nas
escolas públicas das áreas de atuação da empresa nos estados de São Paulo, Rio
Grande do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.
A propósito, não poderia deixar de citar que durante as
férias, os núcleos de educação ambiental da Fibria, costumam oferecer oficinas
gratuitas as comunidades locais. Para ilustrar, anexamos o link da programação
do NEA de Jacareí que conta com criação de brinquedos de madeira,
papel artesanal, hortas e jardins verticais, entre outras opções de fácil
manuseio que promovem a criatividade e a educação ambiental.
Muitas outras empresas da cidade e região procedem da mesma
forma. Cada qual desenvolve sua atividade de educação ambiental mediante o
diagnóstico das necessidades próprias de seu processo e da comunidade do
entorno. Assim, elaboram os indicadores e determinam as metas a serem
atingidas. Uma vez posto em prática seu programa, fazem o monitoramento
sistemático e avaliação dos resultados.
A prefeitura de Jacareí também está fazendo sua parte nesse
processo. Durante o primeiro semestre do ano passado, o Núcleo de Educação
Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, realizou um curso de formação de
professores em educação ambiental. Participaram do projeto a EMEF Adélia
Monteiro e a EMEI João Lino. Estas escolas foram escolhidas por estarem
próximas ao Viveiro Municipal. De acordo com a gerente de Educação Ambiental,
Graciela de Oliveira, o conteúdo, que fora determinado no ano anterior depois
de reuniões com representantes da Secretaria da Educação, almeja a aplicação
dos conceitos da educação ambiental em sala de aula.
Nesse ano, a Secretaria do Meio Ambiente, já abriu a agenda
do NEA para visitas entre os dias 20 e 27 de fevereiro. As atividades
contempladas foram: orientação sobre correto descarte de resíduos domésticos,
doação de plantas medicinais, formação de professores na EMEF Maria Regina
Cachuté - no bairro Imperial - para fomentar a prática do correto descarte junto
à comunidade local e acolhida do CRAS Centro. Veja
agenda.
Outro recurso muito útil para a implementação e multiplicação
dos projetos ambientais, seria as associações de moradores - mais conhecidas
como sociedades de amigos de bairro - e as associações de condomínio. Porém, em
breve levantamento, percebemos que essas associações não estão atuantes. Elas,
que teriam o propósito de cuidar da qualidade de vida dos moradores e de representa-los
junto aos poderes públicos, poderiam estar funcionando em consonância com o
poder executivo, se tornando um valioso recurso tático na aplicação do programa
municipal de educação ambiental. Lembrando que essas associações têm o
potencial da comunicação individual e social, imprescindível para a discussão
de prioridades, fixação de objetivos, obtenção de contribuições, atração de
voluntários, promoção de atividades e divulgação das realizações.
Apresentamos de forma resumida o modo de atuação dos
programas de educação ambiental existentes em nossa cidade e região. Os
exemplos dados representam uma pequena parcela do que tem sido feito – (?) ou
do que deva ser feito - pela nossa sociedade para preservação e conservação do
ambiente em que vivemos.
Sabemos ainda que existem muitas outras possibilidades a
serem exploradas para o desenvolvimento de novos valores que promovam a
sustentabilidade ecológica e social. Portanto, cabe a cada um de nós, se
perguntar: - o que posso fazer em meu dia a dia para contribuir com um futuro
mais sustentável? Como devo evitar os desperdícios? Como diminuir a utilização de
produtos descartáveis? Como reciclar e reutilizar produtos para que não se
tornem lixo? Como fazer o descarte correto do meu lixo? – São perguntas como
estas que irão alimentar de forma contínua nosso processo educativo ambiental.
Autor: José Leonardo da Silva Cardoso
Diretor Técnico da Biotrakti – Consultoria e
Assessoria Técnica Ambiental
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