quinta-feira, 13 de agosto de 2015

RETROFIT DE ETEs

Hoje há muitas empresas buscando novos desafios para contrariar a crise e se manter competitiva no mercado. Muitas vezes desenvolvem novos produtos que entram em linha a todo vapor, investem em maquinários, insumos, etc., mas esquecem na maioria delas de fazer investimento em sua unidade de tratamento de efluentes. Quando o produto já está em linha bate o desespero por não poder retroceder mais, pois já há clientes desenvolvidos e a ETE começa a ter problemas de qualidade, quando se fala tanto em remoção da carga orgânica como em perda de sólidos acima de 1,0 ml/L.h, ficando passível de autuação pelo órgão responsável do saneamento básico de cada Estado.
Pode-se resolver esse tipo de problema com pequenas readequações no processo de tratamento ou até mesmo com um treinamento operacional personalizado. Mas quando o problema for maior ainda e exigir ampliação de tanques e decantadores, o que fazer? Muitos sugerem ampliação mesmo, mas há uma saída inovadora como o famoso conceito do retrofit que pode potencializar o tratamento sem que tenha que investir na parte civil, o que aumentaria muito o custo de uma ETE.














O retrofit baseia-se na utilização de carriers com enchimento de até 50% do reator convencional existente transformando-o assim em MBBR (Reator Biológico de Leito Móvel). O filme biológico crescerá no interior desses carriers - sem que precise ficar solto no meio líquido -  onde sempre ocorrerá a troca do filme mais velho pelo mais novo convertendo a matéria em gás carbônico e água.

alguns tipos de carriers
crescimento do filme biológico no carrier

Como a maioria dos flocos se prende aos carriers, o decantador fica quase que inativo e em muitas das vezes com um estudo avançado, este também poderá passar a ser mais um reator disponível, com o clarificado final passando por um pequeno filtro para remoção dos sólidos que se soltam, descartando estes como se faz usualmente pela empresa.




Vale lembrar que cada caso é um caso e por isso é sempre necessário um estudo criterioso das particularidades de cada processo para demandar a melhor saída para o retrofit .







Colaboração de:

 Ademir Leite Araújo, Químico e Biólogo formado pela UNIVAP.

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